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sábado, 14 de janeiro de 2012

Reflexão sobre Iluminação


Eckhart Tolle: Um mendigo estava sentado ao lado de uma estrada por mais de 30 anos. Um dia um estranho passou por ali. "Tem algumas moedas?" Murmurou o mendigo, mecanicamente esticando o braço com o seu velho chapéu. "Não tenho nada para dar", respondeu o estranho. Então ele perguntou: "Que é isso sobre o que você está sentado?". "Nada", respondeu o mendigo, "apenas uma caixa velha. Eu estive sentado sobre ela desde que eu tenho memória." "Você já olhou dentro dela", perguntou o estranho. "Não", respondeu o mendigo, "O quê? Não há nada dentro." "Dê uma olhada dentro", insistiu o estranho. O mendigo conseguiu parcialmente abrir a tampa. Para sua surpresa descrença e euforia, ele descobriu que a caixa estava cheia de ouro.


Eu sou aquele estranho que não tem nada para dar-lhe, apenas digo que você olhe para dentro de si mesmo. Não dentro de qualquer caixa, como na parábola, mas em algum lugar ainda mais perto: dentro de si mesmo.

"Eu não sou um mendigo," Eu posso ouvir você dizer.


Aqueles que não encontraram a sua verdadeira riqueza, a joia brilhante do Ser e a paz profunda e inalterável encontrados lá, são mendigos, mesmo que tenham grande riqueza material. Buscam externamente desejos de prazer ou de plenitude para a segurança de validação, ou amor, enquanto no interior são um tesouro que não só inclui todas aquelas coisas, mas é infinitamente maior que qualquer coisa que o mundo pode oferecer.

A palavra "iluminação" evoca a ideia de alguma realização sobre-humana, e o ego gosta de ver dessa forma, mas é simplesmente o seu estado natural de união com o Ser, é um estado de conexão com algo imensurável e indestrutível, algo que, quase paradoxalmente, é você em essência, no entanto, é muito maior do que você. Este é o encontro de sua verdadeira natureza, além do nome e forma. A incapacidade de encontrar essa conexão dá origem à ilusão da separação de si mesmo e o mundo ao seu redor. Você se percebe, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado. Medo surge, e os conflitos internos e externos tornam-se habituais.

Eu gosto da maneira simples em que o Buda descreve o estado de iluminação:  "O fim do sofrimento". Existe alguma coisa sobre-humana nisso? É claro, essa definição é incompleta. Só lhe diz o que a iluminação não é: sofrimento. Mas o que é que resta quando não há sofrimento? Buda está em silêncio sobre isso, e seu silêncio implica que você vai descobrir isso por si mesmo. Ele usa uma definição negativa, para que a mente não possa transformá-la em algo em que acreditar ou alguma realização sobre-humana, uma meta que será impossível de alcançar. Apesar dessa precaução, a maioria dos budistas ainda acredita que a iluminação é para o Buddha não para eles, pelo menos por esta vida.

Para alcançar esse estado o primeiro passo é controlar a mente. Tornar-se o observador da sua experiência ao invés de estar imerso nela. É uma prática que torna-se cada vez mais constante a medida que a utilizamos. 

Saia do drama da sua vida e observe as situações sem ficar mergulhado nelas. A tagarelice da mente nos prende as situações e nosso vínculo emocional com elas se torna ainda mais intenso. Respire fundo, e depois veja a situação de forma objetiva. O que você pode fazer para mudar essa situação? Se tiver algo, comece com passos pequenos, com aquilo que é mais fácil. Se não tiver, desapegue-se, já está tudo resolvido.

Lembre-se que você está no controle das suas emoções, ninguém mais é responsável por elas. Como você se sente é uma questão de escolha e depende somente de você. Liberte-se do drama, domine sua mente, escolha a serenidade, a paz. Um pequeno passo de cada vez o levará muito mais longe do que se ficar em círculos remoendo problemas e se vitimizando. Tome as rédeas de sua vida e experimente a iluminação de seu Ser!

Scheila Grade

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